Entre os dias 25 e 26 de abril, a Fasubra Sindical realizou uma plenária muito importante, sobretudo considerando a conjuntura em que nos encontramos (ausência de regulamentação pelo MGI acerca das regras de transição do mérito e da aceleração; falta de diálogo com o governo em relação a pautas pendentes do acordo, como 30h e reposicionamento de aposentados; e risco de nova reforma administrativa, além de cortes de gastos nas IFEs).

Estamos em um cenário de incertezas (aplicação de direitos sobrestados, estudos de viabilidade de termos do acordo atrasados, prazos de prorrogação se esgotando), e tudo isso desperta na categoria uma ânsia de ação.

Ocorreu que, após um primeiro dia marcado principalmente pela apresentação de estudos preliminares sobre o formulário da Fasubra a respeito do RSC, seguimos para um fim de plenária disputado pelos extremos.

De um lado, posições demasiadamente generosas com o governo. De outro, um posicionamento sectário, em busca da luta pela luta, sem avaliar o impacto disso para o que temos em risco (nosso poder de negociar), atacando inclusive as manifestações dos trabalhadores para o dia 1º de maio como atos festivos e não de luta.

O TAEs na Luta defendeu a intensificação da mobilização para cobrar do governo o total cumprimento do acordo, mas de forma estratégica, buscando a maior eficácia para atingir nossos objetivos, como sempre fizemos e defendemos. No debate de conjuntura, buscamos dialogar em torno de uma construção que chamasse tanto o governo quanto o Congresso Nacional à responsabilidade, trazendo à tona a importância dos movimentos de trabalhadores com pautas progressistas, que estão sendo construídas por lideranças comprometidas com o nosso movimento, como a luta pelo fim da escala 6×1.

Na disputa dicotômica que se formou na plenária, não houve espaço, infelizmente, para a construção conjunta e estratégica da luta pretendida pela nossa chapa, composta pelo coletivo Travessia e por nós, TAEs na Luta, o que resultou no alto nível de abstenção sobre a análise de conjuntura.

Como resultado dessa divisão, tivemos uma votação que encerrou, sobre a avaliação da conjuntura, com mais de 1/4 dos delegados se abstendo por não se verem representados pelas opções defendidas. Mais de 1/4 da categoria não se viu representada pela falta de bom senso, tampouco pelo governismo extremo e pela falta de reconhecimento da independência da categoria.

Por ora, o que temos de concreto é a necessidade de avaliar o cenário posto, ponderar nosso papel como categoria atuante que somos, e construir, se assim entendermos, a mobilização para a luta, com possível greve, que poderemos enfrentar em relação às nossas conquistas.

Ao final, foi aprovado um calendário de lutas da Federação, que o TAEs na Luta defende como essencial para a garantia do que conquistamos duramente na greve de 2024:

CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO – FASUBRA

Abril

• 29/04/2025: Adesão da FASUBRA ao ato convocado pelas Centrais Sindicais e FONASEFE.

Maio

• 01/05/2025: Participação nos atos locais nas bases, orientada pela FASUBRA.

• 05/05/2025: Reunião da Fasubra com o MEC, com paralisação nas bases.

• 16 a 18/05/2025: Encontro LGBTQIA+.

• 21 e 22/05/2025: Caravana nacional a Brasília, com paralisação de 48 horas nas bases.

Junho

• 02 e 03/06/2025: Encontro Jurídico e Seminário para discutir a decisão do STF sobre regimes e contratações (virtual).

• Primeira semana de junho: Reunião com médicos e médicos veterinários (data a confirmar).

• 06 e 07/06/2025: Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora.

• 13, 14 e 15/06/2025: Plenária para avaliar indicativo de greve.

• Data a definir: Seminário com os integrantes das CIS (virtual).

Quer saber como participar da discussão da Carreira? Segue o link e entenda como participar: https://taesnaluta.org/como-participar/